Avenida Epitácio Pessoa em Ipanema, Rio de Janeiro
A Avenida Epitácio Pessoa começa no cruzamento da Avenida Borges de Medeiros, no Leblon, e termina na altura do Viaduto Saint Hilaire, que leva ao Túnel Rebouças, na altura do Humaitá, Rio de Janeiro.
A Epitácio Pessoa é um dos endereços mais nobres do Rio de Janeiro, com um IPTU e metro quadrado entre os mais caros da Cidade.
GeoLocalização:
Latitude, Longitude : (-22.9741871, -43.2065717)
CEP da Avenida Epitácio Pessoa em Ipanema, Rio de Janeiro:
Avenida Epitácio Pessoa - até 1273/1274 - CEP: 22411-090
Avenida Epitácio Pessoa - de 1276 a 2376 - lado par - CEP: 22411-072
Avenida Epitácio Pessoa - de 1275 a 2555 - lado ímpar - CEP: 22411-071
#Hashtag:
#epitaciopessoa
#avenidaepitaciopessoa
Restaurantes na Avenida Epitácio Pessoa
Na região da Avenida Epitácio Pessoa existem vários bares e restaurantes, selecionamos alguns abaixo!
McDonald's - Avenida Epitácio Pessoa, 1674 - 2523-4655
Chiko's Bar - Avenida Epitácio Pessoa, 1560 - 2523-3514
Bar Lagoa - Avenida Epitácio Pessoa, 1674 - 2523-1135
Restaurante Lagoa East Side - Avenida Epitácio Pessoa, 4224 - 8082-4569
Pomodorino - Avenida Epitácio Pessoa, 1104 - 3813-2622
Antonino - Avenida Epitácio Pessoa, 1244 - 2523-3549
Beta Restaurante - Avenida Epitácio Pessoa, 980 -
ReX BaR - Avenida Epitácio Pessoa, 1024 - 2267-0710
Artigiano - Avenida Epitácio Pessoa, 204 - 2512-6107
Yasuto Tanaka - Avenida Epitácio Pessoa, 1210 - 2521-8848
Tokyos - Avenida Epitacio Pessoa, 4224
Sushinaka - Avenida Epitácio Pessoa, 10 - 21-2247-9479
Restaurante Anna - Avenida Epitacio Pessoa , 214 - 2529-8766
Palaphita Kitch - Avenida Epitácio Pessoa, s/n - Quiosque 20 - Parque do Cantagalo - 2227-0837
Bobs Shell - Avenida Epitacio Pessoa, 4630 - 2266 0624
Quem foi Epitácio Pessoa que virou nome de Avenida em Ipanema?
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa nasceu em Umbuzeiro (PB), em 23/05/1865 e morreu emPetrópolis (RJ) a 02/02/1942. Filho de José da Silva Pessoa e Henriqueta Barbosa de Lucena. Aos sete anos de idade perdeu os pais, tendo sua criação ficado aos cuidados de seu tio Henrique Pereira de Lucena, o barão de Lucena, presidente da província de Pernambuco no Império e ministro da Fazenda do governo republicano de Deodoro da Fonseca.
Advogado, bacharelou-se pela Faculdade de Direito de Recife em 1886. Participou da elaboração da Constituição de 1891 como deputado eleito por seu estado natal. Em 1894, já no governo de Floriano Peixoto, teve a sua reeleição à Câmara impugnada devido à sua oposição ao governo federal.
Em 1898, assumiu o Ministério da Justiça do governo Campos Sales, permanecendo no cargo até 1901.
No ano seguinte, foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), posto que exerceu até 1912, quando se aposentou por conselho médico. Mesmo assim, nesse mesmo ano, elegeu-se senador pela Paraíba. No Senado teve atuação destacada, ao mesmo tempo que consolidava a sua liderança sobre a política paraibana.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, chefiou a delegação brasileira na Conferência de Paz de Versalhes, na França. Desempenhava essa função quando, após ser eleito pela segunda vez, Rodrigues Alves adoeceu gravemente e não pôde assumir a presidência, vindo a falecer em 18 de janeiro de 1919.
Assumiu então o governo, o Vice-presidente Delfim Moreira e, após curto período no exercício do cargo, convocou novas eleições.
O nome de Epitácio Pessoa, lançado pelo Partido Republicano Mineiro (PRM), surgiu, então, como alternativa capaz de manter a unidade dos setores políticos situacionistas. Para se ter uma idéia da manipulação eleitoral por parte das oligarquias, cumpre assinalar que Epitácio Pessoa nem mesmo estava presente no Brasil quando de sua eleição. Encontrava-se chefiando a delegação brasileira à Conferência de Paz, em Paris. Foi simplesmente notificado de que havia sido candidato, vencera o candidato da oposiçãoRui Barbosa no pleito realizado em abril de 1919 e que retornasse ao Brasil em julho para assumir a presidência da República e seria, pois, o próximo Presidente.
Epitácio Pessoa havia sido senador e Ministro da Justiça no governo Campos Sales. Sua experiência política, entretanto, não evitou que se organizasse no Congresso uma fortíssima oposição à sua administração.
Destinou polpudos recursos para obras contra as secas no Nordeste, segundo alguns, foram gastas "fábulas de dinheiro" iniciando aí a"indústria da seca". Foram construídos 205 açudes e 220 poços e acrescidas de 500 quilômetros as vias férreas locais. Isso, no entanto, não bastou para satisfazer a insustentável situação de penúria da população local.
A queda das exportações do setor cafeeiro obrigaram Epitácio a recorrer a empréstimos com o objetivo de revalorizar o café. Recorre ao crédito externo e o nosso principal credor deslocou-se da Inglaterra para os EUA, conseguindo manter em nível compensador os preços do nosso principal produto. No início de seu governo, compreendendo que a prosperidade decorrente dos negócios efetuados durante a guerra tinha bases acidentais e transitórias, empreendeu uma severa política financeira, chegando mesmo a vetar leis de aumento de soldo às Forças Armadas.
Em 1920 foi realizado o recenseamento da população no Brasil; o resultado foi de 30.635.685 habitantes e a Capital Rio de Janeiro, contava com 1.157.873 moradores.
Em 7 de setembro de 1920 (por decreto), cria a Universidade do Rio de Janeiro, com as cadeiras de: Direito, Medicina, Engenharia, Belas-Artes, Música, Farmácia, Odontologia, Educação Física e Letras. Para reitor, foi nomeado o Dr. Benjamim Franklin de Ramiz Galvão, o Barão de Ramiz.
Também em setembro de 1920, o Brasil recebe a visita dos Reis da Bélgica, Alberto I e sua esposa a Rainha Elisabeth, um grande acontecimento no Rio de Janeiro.
No governo de Epitácio Pessoa, as comemorações do centenário de nossa Independência foram marcadas pela realização de uma grande Exposição Internacional, visitando nessa ocasião o Brasil o presidente da República Portuguesa, Antônio José de Almeida.
Ainda em setembro de 1920, revoga o decreto de banimento da família imperial brasileira.
Pelo decreto legislativo nº 4.120:
Ao saber da decisão do governo brasileiro de não mais proibir a entrada em seu território de membros da família imperial, o Conde D´Eu, visita o Brasil; ele mesmo começa as negociações para o translado dos restos mortais de Dom Pedro II e de Dona Teresa Cristina ao Brasil, que até então, estavam sepultados no Panteão de São Vicente de Fora emLisboa.
Epitácio Pessoa nomeou para as pastas militares dois políticos civis: Pandiá Calógeras e Raul Soares, revigorando, assim, a tradição monárquica. Autoritário e enérgico, com a "lei de repressão do anarquismo" (17 de janeiro de 1921) pretendeu limitar a atuação da oposição. Seu governo, consoante avaliação de Souto Maior, "foi ao mesmo tempo laborioso, esforçado e difícil.".
Em 14 de novembro de 1921 morre a Princesa Isabel.
Em 17 de junho de 1922, o Rio de Janeiro recebe os aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, pioneiros na travessia do Oceano Atlântico por avião.
Epitácio Pessoa junto com o Prefeito do Rio de Janeiro, Carlos Sampaio, inicia o arrasamento do Morro do Castelo, sob fortíssimos protestos de vários segmentos da sociedade carioca, visto que na verdade, foi ali, naquele morro que a cidade nasceu após sua breve passagem pelo espaço entre os morros Cara-de-Cão e Pão de Açúcar.
No campo artístico, destacou-se a Semana de Arte Moderna, ocorrida em São Paulo, que buscava instituir novo modo de fazer arte neste país. Pretendiam fugir das concepções puramente européias e criar um movimento tipicamente nacional. O radicalismo da fase inicial do movimento chocou inúmeros setores conservadores, que se viram ridicularizados pelos novos artistas. Lideravam o movimento modernista Oswald de Andrade, Mário de Andrade, Manuel Bandeira, entre outros.
Na política, trouxe grande repercussão a fundação do Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1922, já que deu nova orientação e organização ao movimento operário. Os trabalhadores, influenciados pelos ideais da Revolução Russa de 1917, superaram o anarquismo, partindo para um opção mais palpável: o socialismo. As oligarquias, naturalmente, não viam com bons olhos a organização proletária, buscando dificultar ao máximo sua atuação.
O final do seu Governo, politicamente, foi agitadíssimo. A campanha do futuro presidente Artur Bernardes foi desenvolvida em meio a permanente ameaça revolucionária. Os Estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco não concordam com a candidatura oficial de Artur Bernardes e lançam a candidatura de Nilo Peçanha, caracterizando uma segunda crise na política das oligarquias.
Seu governo foi bastante conturbado. Grandes greves operárias que já vinham sendo deflagradas desde 1917, foram duramente reprimidas, com grande parte de seus líderes sendo presos ou deportados. Além disso, sua passagem pela presidência foi marcada pela animosidade na relação entre governo e militares, iniciada quando nomeou dois civis para dirigir as pastas da Guerra e da Marinha, respectivamente Pandiá Calógeras e Raul Soares de Moura.
A tensão nos meios militares atingiu proporções maiores durante a disputa pela sua sucessão, que opôs a candidatura situacionista do mineiro Artur Bernardes à do fluminense Nilo Peçanha, lançada pela Reação Republicana, chapa de oposição que contou com o apoio de importantes setores militares. A publicação, pela imprensa, de cartas forjadas atribuídas a Bernardes com referências depreciativas às Forças Armadas e ao presidente do Clube Militar, o ex-presidente Hermes da Fonseca, bem como a utilização de tropas do Exército por Epitácio para intervir nas eleições pernambucanas, contribuíram ainda mais para exaltar os ânimos entre os militares, principalmente entre os jovens oficiais, os tenentes.
As "cartas falsas", foram duas cartas publicadas no jornal Correio da Manhã, propriedade de Edmundo Bittencourt, que era contra Artur Bernardes na sucessão de Epitácio Pessoa. Essas cartas atribuídas a Artur Bernardes (que era aliado de Epitácio) continham várias críticas e restrições a militares, principalmente ao Marechal Hermes da Fonseca, que por exemplo chamava o Marechal (ex-presidente e militar de muita reputação) de "sargentão sem compostura" criando uma crise política enorme.
Epitácio Pessoa tinha parentes em Pernambuco e militares locais hostilizaram esses parentes, o Marechal Hermes protestou através de telegrama enviado ao presidente tomando partido dos militares. Então por decisão presidencial o Clube Militar é fechado e manda prender nada mais nada menos que o seu presidente o Marechal Hermes da Fonseca, ex-Presidente da República.
Em 5 de julho de 1922, ocorre levantes no Forte de Copacabana, Forte do Vigia e da Escola Militar. Que entrou para a história com o nome de "Os 18 do Forte de Copacabana"; tudo em função das "Cartas Falsas".
Com a prisão de Hermes da Fonseca, seu filho, o Capitão Euclides Hermes da Fonseca que era o comandante do Forte de Copacabana, influenciado por idéias revolucionárias dos Tenentes Siqueira Campos e Nilton Prado, organiza com o Tenente Mário Carpenter, a revolta dos fortes de Copacabana, Vigia e da Escola Militar. Conseguiram víveres para resistir se necessário por 30 dias. Segundo depoimento do soldado Manuel Ananias dos Santos, o Tenente Siqueira Campos, informou aos demais participantes, que já havia uma senha combinada para o início da revolução: Um tiro de pólvora seca, deveria ser disparado do Forte de Copacabana, a contra-senha seria outros tiros das demais guarnições envolvidas.
O tiro foi realmente disparado, só que nenhuma outra instalação militar respondeu, o Tenente Siqueira Campos esperou 10 minutos e nada. Gritou bem alto dentro do forte:
- Fomos traídos!
No 3º Regimento, o Tenente Mário Tamarindo Carpenter, percebendo que sua unidade não aderira ao golpe, vai para o Forte de Copacabana.
Cerca de 11 horas da manhã o Tenente Siqueira Campos comunica aos seus homens que:
- Não temos o apoio de ninguém, perdemos a revolução.
E continuou:
- Não vou enganar ninguém, perdemos a revolução e só nos restam dois caminhos. O primeiro é nos entregarmos como covardes, e o segundo é sairmos por aí lutando até não podermos mais e morrer ou conseguir chegar até o Catete para dizer ao presidente da República do nosso repúdio.
Deu 10 minutos de prazo para a decisão dos homens.
Os que decidissem lutar deveriam passar para um determinado lado do quartel, os outros deveriam sair do forte.
E enquanto isso declarou: "não quero levar ninguém ao suicídio" e " quem quiser abandonar o forte, ainda está em tempo".
Apresentou aos homens um plano de explodir o forte com eles mesmos dentro.
O plano não foi aceito e foi proposto saírem e trocar tiros com quem aparecesse a frente, nas ruas.
Então, mandou um soldado subir no mastro e retirar a bandeira brasileira, o que foi feito. A bandeira foi recortada em 28 pedaços para serem colocadas junto ao peito por baixo dos uniformes.
Saíram então pela Praia de Copacabana com a intenção de chegar ao Catete. O General Abílio de Noronha afirma que eram 28 homens; os jornais da época só falam de 18, o Tenente Eduardo Gomes (mais tarde Brigadeiro), que estava no movimento e foi sobrevivente do episódio, declarou décadas mais tarde, que eram apenas 12. (apenas 11 são identificáveis n.a.).
Andaram, cada um armado de um fuzil e com um pouco de munição, no meio do caminho trocaram tiros por cerca de 1 hora e 40 minutos, uns morreram e outros foram feridos. Assim, tudo acabou.
Epitácio consegue debelar as sublevações e se dedica aos preparativos das comemorações do Centenário da Independência.
Em 7 de setembro de 1922, comemorou-se o centenário da independência com grandes mudanças no Rio de Janeiro, sobretudo para a Exposição Internacional Comemorativa do Centenário da Independência, um grande evento na época; com a participação inclusive do Presidente de Portugal o Dr. Antônio José de Almeida dentre outros dignitários estrangeiros. Uma curiosidade; o Conde D´Eu, que vinha da França especialmente para essas comemorações, morre a bordo do navio que o transportava no dia 28 de agosto, já bem próximo ao Rio de Janeiro.
Criou em agosto de 1922, por decreto o Museu Histórico Nacional que iniciou suas atividades em outubro do mesmo ano, integrando a Exposição do Centenário, com duas salas na Casa do Trem (hoje o Museu Histórico Nacional).
A despeito de todos os incidentes políticos com as oligarquias, desde a Reação Republicana à Revolta de Copacabana, a candidatura oficial venceu, mas restou demonstrado o declínio da política oligárquica que vigorava neste país e que viria a se acabar em 1930.
No ano seguinte, a convite da Liga das Nações, assumiu o posto que Rui Barbosa havia ocupado na Corte Internacional de Justiça de Haia, deixado vago com a sua morte naquele ano. A partir de 1924, passou a acumular esse cargo com o de Senador, para o qual foi novamente eleito pelo Estado da Paraíba.
Em 1930, apoiou a candidatura oposicionista de Getúlio Vargas à presidência da República na chapa da Aliança Liberal, que tinha como vice o seu sobrinho João Pessoa, também paraibano. Após a derrota da Aliança Liberal, participou de forma discreta das articulações do movimento político-militar que depôs o presidente Washington Luís no mês de outubro, desaprovando, contudo, a participação no movimento dos tenentes que o haviam combatido quando exercera a presidência da República.
Empossado o novo governo, foi convidado pelo presidente Vargas a ocupar o posto de embaixador brasileiro nos Estados Unidos, recusando, porém, a indicação. Retirou-se, a seguir, da vida pública.
Morreu em Petrópolis (RJ), em 02 de fevereiro de 1942.
Fonte: CDPDOC - FGV | Epitácio da Silva Pessoa | Bairro do Catete