Praça Eugênio Jardim em Copacabana, Rio de Janeiro

A Praça Eugênio Jardim fica localizada no encontro das Ruas Xavier da Silveira , Miguel Lemos e Pompeu Loureiro

Existe uma saída da Estação de Metrô Cantagalo na Praça Eugênio Jardim (próximo à esquina da Rua Miguel Lemos).

Na Praça também está localizado o Corpo de Bombeiros de Copacabana.

Latitude, Longitude : (-22.9762007, -43.1936110)

CEP das ruas ao redor da Praça Eugênio Jardim, Copacabana, Rio de Janeiro:

22061-040 Praça Eugênio Jardim

22071-000 Rua Miguel Lemos

22061-000 Rua Pompeu Loureiro

22061-010 Rua Xavier da Silveira

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Restaurantes na Praça Eugênio Jardim

Por ser uma região exclusivamente residencial, as exceções são o Quartel do Corpo de Bombeiros e a Estação do Metrô, não existem nem bares nem restaurantes na praça. Mas selecionamos alguns restaurantes no entorno que destacamos:

Caçarola de Barro, Rua Miguel Lemos, 35 - telefone 32984824, com boa comida caseira.

O Caranguejo, Rua Barata Ribeiro, 771 - telefone 22351249

pizzaria The Pizza, Rua Barata Ribeiro, 806, telefone 2255-6295 

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Praça Eugênio Jardim em Copacabana, Rio de Janeiro

Quem foi Eugênio Jardim que dá nome a esta Praça  em Copacabana?

Eugênio Rodrigues Jardim nasceu em 6 de outubro de 1858, na cidade de Goiás. Filho de José Rodrigues Jardim e Maria da Pureza Jardim.

Assentou praça em 13 de maio de 1875, no 20° Batalhão de Infantaria da cidade de Goiás como Cadete, após ter feito a instrução primária e o ensino secundário no Liceu de Goiás.

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Em 27 de agosto de 1883, foi promovido a Alferes, e no dia 16 de abril de 1889, ao cargo de Tenente da Arma de Cavalaria do Rio de Janeiro. Em 3 de janeiro de 1890, pela ordem do dia n° 8, é transferido do 5º para o 9° Regimento da Cavalaria da cidade do Rio de Janeiro e em 2 de novembro de 1892, é promovido a Capitão deste mesmo regimento. Pela carta patente de 3 de fevereiro de 1896, é promovido a Tenente-Coronel. Atuou no Corpo de Bombeiros da cidade do Rio de Janeiro até 10 de setembro de 1905, quando foi considerado incapaz de exercer a função devido a uma fratura da perna direita. Neste ano, reforma-se no posto de Coronel, segundo o decreto de 28 de agosto de 1905, transferindo-se para a cidade de Goiás. Ali adquire a fazenda Quinta.

Casou em 3 de novembro com Diva Fagundes Caiado (1881-1978), filha de Torquato Ramos Caiado. 

De seu casamento foram gerados os seguintes filhos:

- Eugênio Caiado Jardim
- Elza Elisa Caiado Jardim
- Antonieta Caiado Jardim
- Diva Caiado Jardim
- Eudi Caiado Jardim
- Maria de Lourdes Caiado Jardim
- Maria do Rosário Caiado Jardim
- José Torquato Caiado Jardim

No dia 8 de maio de 1909, deste mesmo ano, é encarregado de organizar o Corpo Policial e em 10 de maio toma-se Delegado da Polícia do Estado de Goiás

Deixa o cargo em 23 de outubro de 1909, após realizar com sucesso seu trabalho. Em 18 de novembro de 1909 é nomeado pelo presidente da República, Nilo Peçanha, Inspetor Agrícola do 11° distrito.

Praça Eugenio Jardim em Copacabana, Rio de Janeiro

No dia 13 de junho de 1912, é nomeado pelo presidente da República, Hermes da Fonseca, Comandante Superior da Guarda Nacional do Estado de Goiás. Seu interesse pela política foi reforçado devido à insistência de amigos e parentes, que perceberam que a influência do coronel seria de grande utilidade na vida pública. Foi um dos principais fundadores do Partido Democrata de Goiás no ano de 1909. Nas eleições estaduais de 30 de janeiro de 1915, é eleito Senador da República, contudo não Assumiu o cargo. É eleito governador de Goiás, tomando posse no dia 14 de julho de 1921. Em seu mandato estruturou a indústria têxtil no Estado, autorizou a construção de várias estradas, ligando a cidade de Goiás às cidades goianas localizadas na fronteira de Minas Gerais. Inaugurou cinco grupos escolares, sendo um deles em Rio Verde, que, posteriormente, foi denominado "Grupo Escolar Eugênio Jardim".

Foi o responsável, pela reabertura da antiga Faculdade de Direito, sob a designação de Faculdade Livre de Direito. A criação da instituição deu-se por meio da Lei n° 696, de 27 de julho de 1921, sendo instalada em 18 de agosto de 1921 no edificio do Senado Estadual, na cidade de GoiásEugênio deixou a chefia do Poder Executivo em 11 de novembro de 1922.

Nas eleições de 17 de fevereiro de 1924, é eleito novamente Senador da República, seguindo para a Capital Federal em 1926. Na noite de 25 de julho de 1926, morre após ser atropelado por um carro.

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Corpo de Bombeiros da Cidade do Rio de Janeiro

As atividades de Eugênio Jardim no Corpo de Bombeiros da cidade do Rio de Janeiro iniciam-se em 19 de setembro de 1892, quando é nomeado pelo Ministro da Agricultura, Comércio e Obras Públicas para servir como Ajudante Interino daquela corporação.

Por meio de um relatório feito por esta instituição , destacando os serviços deEugênio Jardim entre 20 de setembro de 1892 a 24 de outubro de 1904, destaca-se sobre a intensa participação deste no referido corpo:

- Recebeu cerca de 132 louvações e menções por serviços prestados.
- Em 08-03-1893 foi nomeado para desempenhar as funções de Fiscal interino do corpo.
- Em 06-05-1893 auxiliou na extinção do incêndio ocorrido no barco a vapor Aymoré, salvando a vida do Furriel João Rodrigues de Andrade.
- Em 20-02-1895 retirou-se, através de licença concedida pelo Ministério da Justiça, do corpo por três meses. O prazo foi prorrogado até 20-06, quando retoma suas funções.
- Em 29-01-1896 foi promovido a Tenente-coronel e Inspetor geral, segundo o decreto n° 2224, em execução a lei n° 360 de 30-12-1895.
- Em 27-10-1896, como Comandante Interino na corporação, solicitou ao então Ministro da Justiça e Negócios Interiores, Dr. Alberto Torres, autorização para criar uma Banda de Música, atendendo a um antigo desejo de Oficiais e Praças da Corporação. O pedido é deferido três dias após, mas com a ressalva de não acarretar "ônus para os Cofres Públicos". Na mesma presteza da correspondência oficial, o Maestro Anacleto Augusto de Medeiros foi convidado para organizar e dirigir o novo conjunto musical.
- Em 23-07-1902, foi-lhe concedida licença de 60 dias para o tratamento de saúde. Em 30 de setembro, o prazo foi prorrogado por mais 30 dias. No dia 06-11, foi feita nova prorrogação: 60 dias. Reassumiu suas funções no dia 22 de dezembro.
- No dia 7-11-1904, foi-lhe concedida nova licença de seis meses, prazo prorrogado por mais seis meses em 16-05 do ano posterior.

Períodos em que foi nomeado comandante interino do Corpo de Bombeiros:

1. 28-10-1893 a 03-04-1894
2. 13-07-1895 a 13-08-1895
3. 03-08-1896 a 20-11-1896
4. 18-12-1896 a 11-01-1897
5. 26-01-1897 a 28-01-1897

Por fim, vale mencionar que em vista de sua reforma para a reserva remunerada, no posto de Coronel, o então Presidente da República, Rodrigues Alves, determinou ao Ministro da Justiça e Negócios Interioresque elogiasse publicamente a Eugênio Jardim pelo zelo e dedicação com que exerceu as funções de Inspetor Geral do Corpo de Bombeiros. O elogio foi feito em 03-09-1905 por meio do Aviso no1548 - MJNI. Não obstante, em 17-06-1907, recebeu medalha de mérito (ouro) por Decreto Presidencial assinado no dia 06 daquele mês, em observância ao Decreto n° 6040/1906.

Falecimento

Acontecimentos

O Senador Eugênio Jardim havia chegado ao Rio de Janeiro poucos dias antes do acidente. Estava hospedado no Grande Hotel. Na noite de 25 de julho de 1926, embarcou em um bonde para visitar uma família de suas relações. Pegou o bonde n° 12 - Linha Ipanema. Ao chegar a Rua Marques Abrantes, desceu do Bonde. Nesse momento passava um automóvel em alta velocidade, vindo da Praia do Botafogo. Este atropelou o senador. O acidente ocorreu por volta das 19 horas. O automóvel era de n° 7.108, dirigido por João Vieira Teixeira, de 32 anos. Depois de ser pego pela polícia confessou o crime. Foi levado para a delegacia do 6º distrito.

Testemunhas: Euciydes Barbosa, residente na Rua Marques de Abrantes.Pedro Grace Neto, passageiro do mesmo bonde.

Perícia:

A perícia concluiu que o automóvel vinha em alta velocidade. Segundo o depoimento do acusado, após ter atropelado o senador, acelerou para tentar a fuga. Assim passou as rodas do automóvel sobre o corpo da vítima, aumentando ainda mais a gravidade do acidente. O rosto do senador apresentava inchaços em alguns locais, principalmente na testa. Seus olhos estavam bastante inchados e o nariz se encontrava um pouco desfigurado.

Enterro

Após ter sofrido o acidente, algumas pessoas tentaram socorrê-lo, em vão. Depois de morto foi encaminhado para a casa do Deputado goiano Alves de Castro. No dia seguinte, pela manhã foi rezada uma missa em sua homenagem, com a presença de muitos parlamentares.

O enterro foi realizado no dia 26 de julho, ás 16 horas no Cemitério São João Batista.

O dia coincidia com o aniversário da cidade de Goiás, que teve cancelada suas festividades, todas as repartições públicas ficaram fechadas por três dias e as bandeiras ficaram a meio mastro por sete dias. Neste mesmo dia, o Corpo de Bombeiros publica a seguinte nota a respeito do falecido: 

"Com o desaparecimento do Coronel Eugênio Rodrigues Jardim, em virtude de seu falecimento ontem ocorrido nesta Capital, perde o Corpo de Bombeiros um de seus mais antigos oficiais reformados. Nomeado por ato do Governo para exercer as funções de Inspetor Geral, este oficial, então do Exército, eficientemente desobrigou-se dessa honrosa missão, e da de Comandante interino, até a data em que, no cumprimento do dever, foi vítima de um acidente que o impossibilitou de continuar na atividade. Pediu como lhe facultava o regulamento, demissão do Exército para reformar-se como oficial deste Corpo. Já naquela época, muito sentiu o Corpo de Bombeiros com o prematuro afastamento desse leal e incansável servidor que, nele militou de um modo a demonstrar sempre, charadamente a todos, o fim de seu objetivo: o engrandecimento do Corpo de Bombeiros. É pois de inteira justiça que se renda preito de saudade à memória de quem tanto se esforçou em prol desta Corporação e que a fatalidade roubou a vida num lamentável desastre de automóvel"

Em 1928, seu tumulo recebe um busto de bronze feito pela marmoraria “Campos Silva & Cia.", no valor de 6:000$000 (seis contos de réis). Os restos mortais do senador foram transferidos para o Cemitério Público de São Miguel, na cidade de Goiás, em 1933.

Por: Victor Aguiar Jardim de Amorim - E-mail: victorjamorim@yahoo.com.br

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