Túnel Engenheiro Coelho Cintra, Copacabana, Rio de Janeiro
O Túnel Engenheiro Coelho Cintrafaz o acesso a Copacabana, ligando as avenidas Lauro Sodré (Botafogo) e Princesa Isabel (Copacabana).
Anteriormente conhecido como Túnel Carioca e depois Túnel do Leme. Inaugurado em março de 1906. Em 1937 recebeu seu atual nome oficial, é mais conhecido como Túnel Novo. Ganhou uma segunda galeria em 1949. O Túnel Engenheiro Coelho Cintra foi o primeiro da cidade a ter iluminação em LED, em abril de 2012.
Latitude, Longitude : (-22.960691,-43.176055)
#Hashtag: #tunelcoelhocintra #tunelnovo
Quem foi o Engenheiro Coelho Cintra que dá nome ao Túnel Novo em Copacabana?
José de Cupertino Coelho Cintra, nasceu em Pernambuco, a 18 de setembro de 1843 e morreu, no Rio de Janeiro, em 12 de agosto de 1939.
Renomado engenheiro civil, brasileiro, foi inspetor-geral de Terras e Colonização do Espírito Santo, o engenheiro Coelho Cintra, um dos grandes técnicos da engenharia nacional desde o último quarto do século XIX até a primeira década do século XX, prestou relevantes serviços ao estabelecimento da colonização no Espírito Santo, foi o fundador da cidade gaúcha de Caxias do Sul.
Em 1889, passou a dirigir e gerenciar a Companhia Ferro Carril do Jardim Botânico.
Projetou e executou, em apenas seis dias, a duplicação da linha de bondes de Botafogo à Escola Militar da Praia Vermelha, estendeu as linhas de bonde até Copacabana, sendo assim, possível com a abertura do 1° túnel para aquele bairro, Túnel Velho de Botafogo a Copacabana e por isso é chamado "o pai de Copacabana".
Instalou a primeira corrente contínua na América do Sul, com a tração elétrica dos bondes, nesta capital.
Foi Deputado em Pernambuco e Prefeito da Cidade de Recife.
Era dinâmico e empreendedor, tendo criado os bondes de segunda classe para a população carente, com preços reduzidos, chamados de caraduras ou taiobas.
Hoje ele tem uma estátua erigida na entrada do Túnel Novo.
Depoimentos
O Pai de Copacabana
Em 1996, o prefeito César Maia realizou obras para reformar a Avenida Princesa Isabel.
Lá se encontrava o busto do Engenheiro Coelho Cintra, desde sua inauguração, em 1951. Mais do que justa homenagem àquele que criou Copacabana.
Retiraram o busto deste local.
Soube que passou a ocupar um espaço na Fundação Parques e Jardins. Arrancaram-no do lugar que lhe cabia de direito _ a porta desse bairro-cidade que é cartão postal para o mundo inteiro. _ escrevi, então, para os jornais.
Depois de finalizadas as obras, arranjaram um lugar para o busto do engenheiro, bem escondido, do lado de Botafogo, antes do túnel e virado de frente para um moderno “shopping”(?).
Durante todo esse tempo, no lugar antigo, na Avenida Princesa Isabel, só existe um canteiro com plantas.
Não entendi o porquê do deslocamento do busto se nenhum outro foi mexido e nada foi colocado em seu lugar. Houve algum benefício? Parece que o único foi poder tirá-lo sem que fosse logo percebido. Será que está ocupando lugar, outra vez, na Fundação Parques e Jardins?
Para os que não sabem, devo esclarecer que esse homem realizou muito. Começou com o prolongamento da linha de bondes, partindo da rua do Ouvidor, chegando até a Praia Vermelha.
Nascia, assim, o bairro da Urca.
Dois anos depois, em 1892, chega a vez do projeto que haveria de lhe custar as mais duras críticas: cavar um túnel que ligasse o último bairro carioca em direção ao sul _ Botafogo _ com as praias semi-desertas. Ele garantiu, no entanto, apesar das oposições, que faria daquele areal uma cidade. E fez: nascia Copacabana.
De temperamento irrequieto e empreendedor, fez muito mais!
Implantou núcleos coloniais que, mais tarde, resultariam em importantes centro urbanos, em outros estados do Brasil, como no Rio Grande do Sul, onde nasceu a cidade de Caxias. Em São Paulo, resultaram São Caetano, São Bernardo e Jurubatuba; no Espírito Santo, Santa Leopoldina.
Desenvolveu meritória ação em favor dos imigrantes, durante a epidemia de febre amarela que grassava no país. Recebeu do governo português a Comenda da Ordem de Cristo.
O seu nome, em placa, e sua fotografia, à entrada do Prédio Companhia das Artes são a prova do reconhecimento e do carinho com que a cidade de Natal (Rio Grande do Norte) homenageia a quem tantos e tão relevantes serviços lhe prestou.
A isto se chama gratidão, carinho, conhecimento e reconhecimento, respeito e cultura.
Justamente na cidade onde viveu a vida toda e criou uma verdadeira cidade, não encontramos o respeito devido.
Hoje, em 2005, escrevo outra vez e pergunto: Onde está o busto do Pai de Copacabana?
Espero que possam deixá-lo em paz e respeitem a sua memória, respeitem também as autoridades e políticos que, em reconhecimento, o homenagearam em 1951.
Regina M. Coelho Cintra